Os Estados Unidos elevaram o tom nesta sexta-feira (24) nas ações militares ordenadas pelo ex-presidente Donald Trump contra o narcotráfico. Em uma medida que intensifica a presença militar americana na região, Trump autorizou o envio do USS Gerald R. Ford, o maior e mais poderoso porta-aviões do mundo, para a América Latina.
A embarcação, que transporta 5 mil militares e cerca de 75 aviões e helicópteros, integra um dos principais grupamentos navais dos EUA. Além do Gerald Ford, a frota conta com destroyers e um submarino nuclear.
Atualmente no Mar Mediterrâneo, próximo à costa da Croácia, o porta-aviões deve levar de sete a dez dias para chegar ao Caribe, onde se unirá a oito navios de guerra, um submarino nuclear, caças F-35 e cerca de 10 mil soldados que já estão posicionados na região.
A operação marca uma escalada de tensão sem precedentes com a Venezuela. Em comunicado nas redes sociais, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, afirmou:
“A presença reforçada das forças americanas na área de responsabilidade do Comando Sul reforçará a capacidade dos Estados Unidos de detectar, monitorar e desmantelar atividades e atores ilícitos que comprometam a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos e nossa segurança no Ocidente.”
O Comando Sul é responsável por operações em 31 países da América Central, América do Sul e Caribe incluindo Venezuela, Colômbia e Trinidad e Tobago. Segundo o Pentágono, alguns dos suspeitos mortos nos recentes bombardeios navais eram oriundos dessas regiões.
Ainda nesta sexta-feira, o secretário de Guerra, Pete Hegseth, divulgou imagens de mais um ataque a um barco no Caribe, que resultou na morte de seis pessoas. De acordo com Hegseth, o barco era conduzido por integrantes do cartel Tren de Aragua, organização criminosa venezuelana.
Desde setembro, os EUA já realizaram dez ataques navais oito no Caribe e dois no Pacífico. Ao todo, 43 suspeitos morreram nas operações.
Essas ações reforçam a estratégia de Trump de combater o tráfico internacional de drogas, ao mesmo tempo em que aumentam a pressão sobre o governo venezuelano e seus aliados na região.

