quinta-feira, junho 26, 2025

Deputado Lucas Bove, ex de Cíntia Chagas, pede a prisão da influenciadora após fala sobre violência nas redes sociais

Pedido de prisão da influenciadora após fala sobre violência nas redes sociais

O caso da influenciadora Cíntia Chagas voltou a repercutir nas redes e na mídia nacional, desta vez por conta de um novo capítulo envolvendo seu ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP). O parlamentar entrou com um pedido de prisão preventiva contra Cíntia, sob a alegação de que ela teria violado o sigilo judicial ao publicar um vídeo em que afirma que “mulheres independentes também apanham”.

O vídeo, amplamente compartilhado, foi interpretado por Bove como uma quebra de confidencialidade do processo judicial que ambos enfrentam desde a separação, marcada por acusações de violência doméstica. Cíntia, que já havia denunciado o ex-marido publicamente, diz estar sendo alvo de perseguição judicial.

A influenciadora, conhecida por já ter defendido posições conservadoras e até mesmo ter criticado pautas feministas, agora diz viver na pele o que muitas mulheres denunciam há anos: a violência de gênero — inclusive a institucional.

“É irônico e doloroso. Durante muito tempo, eu fui cúmplice do sistema que hoje tenta me silenciar. Achei que meu perfil ‘independente’ me blindaria, mas não blindou. Estou aqui, como muitas, tentando ser ouvida”, disse ela em uma das postagens.

A repercussão tem mobilizado setores da sociedade civil, movimentos feministas e ativistas dos direitos humanos, que denunciam o caso como mais uma tentativa de calar mulheres vítimas de violência — usando da própria estrutura institucional como ferramenta de opressão.

Reações

Diversas personalidades e entidades se manifestaram nas redes. A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) comentou: “É revoltante. A justiça deveria proteger as vítimas, não servir de instrumento de vingança ou silenciamento”.

O caso segue em tramitação na Justiça, mas reacende o debate sobre a revitimização de mulheres que denunciam abusos e sobre os limites do uso do sistema jurídico para proteger ou perseguir vítimas de violência.

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